Câmara aprova decreto da prefeitura de estado de calamidade pública na Saúde

A Câmara Municipal de Rio das Ostras aprovou, em sessão extraordinária nessa quinta-feira, 16, um projeto de lei de autoria do Executivo, que decreta estado de calamidade pública e emergência na área da saúde municipal.

O anúncio foi feito nas redes sociais pelo prefeito Carlos Augusto (PL), em vídeo que fala sobre os problemas encontrados pela nova gestão desde seus primeiros dias de mandato, quando, em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde, vislumbrou a situação caótica pela qual o serviço passa na cidade.

“Acabamos de provar aqui na Câmara um projeto de lei do Poder Executivo que trata da desassistência da população na Saúde, o projeto de calamidade na Saúde, foi aprovado por unanimidade, por todos os vereadores”, contou o presidente da Câmara de Rio das Ostras, vereador Marciel (PL), no vídeo.

De acordo com o procurador-geral do município, Renato Vasconcellos, o objetivo do governo com a aprovação da matéria pelo Legislativo é buscar recursos dos governos estadual e federal para tentar amenizar e resolver os problemas dentro dos próximos 100 dias.

“E qual é o objetivo da decretação desse estado de calamidade e emergência? É a gente conseguir buscar recursos, buscar ajuda no governo estadual, e até no governo federal para melhorar esses índices já no prazo estimado de 100 dias”, explicou Renato Vasconcellos, durante a sessão extraordinária da Câmara,

Na legenda da publicação, o prefeito Carlos Augusto, que, desde o início do mandato, tem sido transparente com a situação de caos encontrada no serviço, que sofre com a falta de profissionais e insumos e o abandono de estruturas e equipamentos, usou de sinceridade para explicar mais detalhes sobre os problemas da saúde do município.

“Comecei a gestão há poucos dias e já tive que encarar uma realidade dura: nossa Saúde está em colapso. Ao andar pelas unidades de atendimento, junto com o [vice-prefeito e secretário de Saúde] Dr. Fábio Simões (MDB) e nossa equipe técnica, vi de perto o que as pessoas enfrentam. Faltam médicos, enfermeiros, remédios, estrutura. Vi servidores trabalhando no limite, em condições que ninguém deveria enfrentar. Esse cenário não só me revolta, mas me dá ainda mais força para agir”, afirmou Carlos Augusto.

Segundo o prefeito, apesar de não ser uma decisão fácil, foi uma decisão necessária para que o município possa enfrentar e superar, com urgência, as dificuldades encontradas na saúde, com objetivo de reerguer o serviço prestado à população.

“Estamos começando esse trabalho agora, e prometo a vocês que, com muita dedicação e trabalho em equipe, vamos transformar esse cenário de caos. A saúde das pessoas é prioridade, e faremos o que for preciso para garantir isso”, concluiu.

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